sexta-feira, 21 de agosto de 2020

eclipse



I

paredes

a janela pela qual se vê
o céu inteiramente cinza
do lado oposto
o relógio pendurado na parede
em seu tiquetaquear indiferente
quantos ombros desapareceram
quando você precisou chorar?
as putas da esquina
foram suas únicas ouvintes
e os planos a/b/c e d
deram errado?

II

teto

os anjos começam 
a dançar ao seu redor
os cobradores de pecados
também chegaram
e querem a parte que lhes cabe
onde está sua sanidade
agora que você percebe
que esteve doente por muito tempo?
nadando em um rio repleto de piranhas
com um sorriso idiota pintado na cara?

III

piso

chegou o dia de sua glória
a navalha encontra a carne
o sangue encontra o chão
e escorre pelo bueiro
os ratos se alegram
lá fora as nuvens desaparecem
eclipse total do sol





quarta-feira, 19 de agosto de 2020

sobre a postagem do próximo sábado.

vocês já pararam para pensar que a depressão não tem rosto?
que a mesma pessoa que está te dando força e sorrindo pode estar despedaçada?
sexta, dia 21, o poema eclipse vai tentar mostrar um pouco sobre como é estar em estado de depressão.
aproveitem e sigam a página, é só clicar no "seguir" em azul ali embaixo e preencher os dados,  desta forma receberá atualizações a cada novidade. prometo que não vou encher seu facebook, instagram ou messenger com propagandas.
até breve, se pai Deus quiser!

quinta-feira, 13 de agosto de 2020

amiguinhos e amiguinhas.
dando continuidade ao blog, dia 21 teremos nova postagem.
grande abraço do branco

sábado, 8 de agosto de 2020

aquele que observa



atualmente sou aquele que observa

observa cuidadosamente pelos espaços vazios
dos galhos baixos das árvores
aquele que tenta ver entre as folhinhas verdes 
o divino
o magnifico
o acontecimento único que a tudo muda
enquanto visagens de um riso acontece
sou aquele milionésimo de segundo
em que o sol se mostra pela fresta das folhas
e nos cega
antes de ir dormir